RUBERVAL ACREDITA EM PARTICIPAÇÃO INTENSA DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE NOVA VIÇOSA NO PROGRAMA DE BOLSAS


O vice-prefeito de Nova Viçosa, Ruberval Lima Porto, espera que seja intensa e ampla a participação dos professores da rede pública estadual no programa 'Bolsa de Estímulo à Permanência em Atividade de Classe’, anunciado no feriado de 1º de maio pelo governador Rui Costa. Os profissionais da educação já podem procurar a unidade de ensino onde atuam para formalizar o pedido.


A solicitação também pode ser feita no SAC Educação ou nas sedes dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE). São oferecidas 3.000 bolsas para professores efetivos da rede estadual que exercem atividades nos ensinos fundamental e médio e que já completaram as exigências para a aposentadoria voluntária.




Ruberval elogiou a iniciativa que, na sua opinião, “confirma o direcionamento com o respeito à educação. Acredito no maior número possível de profissionais inscritos no programa em nosso Município”.



BOLSAS CHEGAM A R$ 1.600,00



As bolsas são de R$ 800 e R$ 1,6 mil para os professores com carga horária de 20 e 40 horas, respectivamente. Além de ter completado as exigências para a aposentadoria, é necessário estar lotado em uma unidade escolar e ter optado por permanecer em efetiva regência de classe.



O benefício será pago por dois anos, prorrogáveis por mais dois, e sobre ele não incidirá contribuição previdenciária. Também não será utilizado para cálculo de aposentadoria e pensão. Poderão ser contemplados servidores que obtiverem desempenho individual satisfatório e que não possuem em seus registros funcionais mais de seis faltas injustificadas no ano letivo imediatamente anterior ao do início da percepção da vantagem.



O setor de Recursos Humanos da Secretaria da Educação apreciará os pedidos e fará a publicação da lista de contemplados no Diário Oficial do Estado (DOE).

Comentários

  1. A mania da Internet

    Professores, entre outros profissionais, que acham que podem suprir as suas carências apelando para a Internet, frequentemente quebram a cara. A Internet é uma extraordinária fonte de informações e cultura mas não se pode confiar nela, cegamente. E quem tenha pretensões de saber não pode usá-la de forma idiota.

    Um professor, antes de entrar em sala de aula, e até mesmo antes de se candidatar a professor, já tem que saber aquilo que vai ensinar. Imaginem um médico, dando plantão na emergência de um hospital, e que, diante de um acidentado, corra para o Google para pesquisar como se estanca uma hemorragia. Seria esta uma situação ridícula se não fosse trágica, uma vez que coloca em risco a vida do paciente.

    Ridículas situações deste tipo estão ocorrendo, com frequência cada vez maior, nas escolas brasileiras. O professor Rubem Alves disse, uma vez, que “telescópios são inúteis para cegos”. A palavra “cego”, na frase, é usada em sentido figurado. Pode se referir aos deficientes visuais mas se aplica muito mais aos “cegos” pela ignorância.

    Coloque-se o mais moderno dos microscópios nas mãos de um analfabeto e que proveito ele poderá tirar do instrumento? Sem conhecimentos prévios de biologia ou química o microscópio será apenas um brinquedo nas mãos dele.

    Computadores e Internet são também instrumentos inúteis para cegos. Essa é a razão pela qual, para grande parte das pessoas, Internet é um brinquedinho, um espaço onde tratam de amenidades, exibem fotos, jogam conversa fora e divulgam “fakes”. Eu conheço gente que usa Internet desde criança e continua sendo uma toupeira.

    O escritor Ruy Castro, que fez biografia de diversas personalidades, diz que não faz pesquisa sobre o biografado no Wikipedia. Ele tem uma equipe que entrevista parentes, amigos e pessoas que conviveram com o biografado. Além disso, faz pesquisas em jornais e revistas que publicaram coisas sobre o biografado. Registra as coisas que ele escreveu ou disse. Isso feito, verifica os dados colhidos, cruza as informações, seleciona o relevante, elimina o redundante e, ao fim, monta um painel sobre a vida do biografado. A partir da montagem deste painel ele começa a escrever o livro.

    O que o Ruy Castro faz é tão somente aplicar princípio adotado, creio que pelo Leonardo da Vinci, segundo o qual “a fase mais importante de qualquer trabalho é o seu planejamento”.

    Todavia, os usos e abusos da Internet estão adentrando as esferas da desonestidade e da falta de ética. Já vi gente que aceita fazer serviços de informática e depois corre para as listas de discussão na Internet para perguntar como se faz isso ou aquilo. Ou seja, o animal não sabe fazer mas pega o trabalho porque confia em que será socorrido por quem sabe. Há quem chegue ao ponto de pedir pressa, pois o “prazo está se esgotando”.

    Uma vez, numa “lan house “ uns meninos pediram à atendente que fizesse, para eles, uma pesquisa sobre MDC e a imprimisse. Perguntei para que eles queriam aquele trabalho impresso. Disseram-me que a professora tinha pedido. O surpreendente é que eles nada sabiam acerca de MDC, assunto que deveria constar dos seus livros escolares. O que está acontecendo é que a professora pede a pesquisa ao aluno, ele a leva e recebe o ponto, sem nada entender do assunto.

    Quando o antropólogo, professor e escritor, Darcy Ribeiro, disse que “a escola brasileira é desonesta”, não contemplava esta escola de hoje, da qual, certamente, diria coisa pior.

    O ensino do português é outro descalabro, que a Internet, do jeito que vem sendo usada, não vai resolver. Há muitos anos o professor Eurico Back (1923-2003), do Paraná, escreveu um livro intitulado “O Fracasso do Ensino do Português”. Numa página da Internet eu falei sobre este livro. Os interessados podem acessar em:

    http://oblogdoabelha.blogspot.com.br/2011/05/275-sobre-o-fracasso-do-ensino-do.html

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  2. O professor Back fala do fracasso do ensino do português e das suas consequências, que são das mais danosas para o Brasil. Das causas apontadas pelo professor, eu fico com uma: o despreparo dos professores. Por que isso acontece? Qual a razão pela qual uma pessoa não aprende português, decentemente? Tirando a falta total de escolas e de quem ensine bem, só pode ser a preguiça. E, no caso de pessoa que pretende dar aulas da disciplina, é também total falta de responsabilidade.

    O sujeito nasce, é amamentado, não passa fome, cresce saudável e, se não viu televisão, os seus neurônios não ficam danificados.

    Dados estes pré-requisitos, o sujeito fica quatro anos no curso primário (como no meu tempo de infância), faz um ano de admissão ao ginásio e, se aprovado, cursa mais quatro anos. Ou seja, fica nove anos aprendendo português, e quando se pergunta a ele para que serve o acento grave ele não sabe. Como diz o professor Clóvis de Barros Filho “Vai ser burro assim na cadeia”.

    O medico e crítico literário baiano, Afrânio Coutinho (1911-2000), já na sua época de professor, lamentava a falta do hábito de leitura entre os estudantes de Letras. Isso é uma sandice total. Como alguém pode aprender a escrever e entender as sutilezas do idioma sem ler? A Internet não vai suprir, em horas, dias ou meses, as carências decorrentes de anos e anos sem pegar livro para ler.

    Internet não é panaceia. Tem gente que tenta fazer traduções de textos inteiros usando o Google tradutor, o que, comumente, resulta num besteirol total.

    O Google tradutor é uma ferramenta fantástica, desde que o usuário tenha algum background, tanto do seu próprio idioma, quanto daquele para o qual vai fazer a tradução.

    Alguns exemplos: a expressão “Moonlight flit” o Google traduz como Luar claro. Na verdade ela quer dizer “mudança secreta à noite para fugir ao pagamento do aluguel”.

    A expressão “Through foul and fair” o Google diz que é “Por meio de” mas significa “aos trancos e barrancos”.

    Quanto a “Be crazy like a fox” o Google traduz como “Seja louco como uma raposa” mas é “fingir-se de louco, por esperteza”.

    Finalmente, “Be three sheets in the wind”, que o Google diz que é “Ser três folhas ao vento”, deve ser traduzido como “estar completamente embriagado”.

    E os grotões? Bom, lugares que representam menos de um por cento do PIB estadual não contam. De modo que, se as coisas piorarem, o Brasil não vai notar. Muito menos o mundo.

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