CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES RESIDENTES NAS PEQUENAS COMUNIDADES É TEMA DE REUNIÃO EM HELVÉCIA


O aproveitamento da mão de obra dos trabalhadores que residem nas localidades de Helvécia, Cândido Mariano (87) e Rio do Sul, pelas empresas de médio e grande portes que atuam na região, foi tema de reunião na tarde desta terça-feira (25), na antiga estação ferroviária de Helvécia.


A iniciativa foi da Associação Quilombola de Helvécia (AQH), entidade fundada há mais de 10 anos, e reconhecida legalmente por meio de CNPJ, que atua firmemente na defesa dos interesses sociais, culturais e econômicos do distrito, pertencente ao município de Nova Viçosa.


Segundo o presidente da AQH, Danilon Luiz Francisco, a reunião foi convocada com objetivo de discutir assuntos como: revisão das porcentagens de trabalhadores locais na contratação de mão de obra por grandes e médias empresas, revisão de contratação das firmas terceirizadas, procedimentos de demissão e recontratação, oportunidades aos jovens nas vagas de emprego, análise de currículos e apresentação do Projeto Jovem Aprendiz.


Presente ao encontro, o vice-prefeito de Nova Viçosa, Ruberval Lima Porto (foto), destacou o empenho de Danilon, da coordenadora-geral Maria Aparecida Santos e da coordenadora de projetos, Jane Santos Krull. “É muito positivo quando a gente vê a mobilização local na defesa de justos direitos da comunidade, como é o caso de um percentual mínimo de 50% de aproveitamento da mão de obra de Helvécia, de 87 e de Rio do Sul na contratação para trabalho no viveiro de mudas e em outras atividades de empresas que atuam na região”, afirmou.


“É socialmente correto que as empresas disponibilizem programas de treinamento e qualificação, para que haja o melhor aproveitamento possível de mão de obra local, inserindo jovens e mulheres nesse percentual de, no mínimo, 50% das vagas disponíveis”, observou o vice-prefeito.


A reunião contou, também, com a presença dos vereadores Evanete, João Farias e Edmilson, além de lideranças como os ex-vereadores Edinho Salvino e Elzira Peixoto. Três empresas foram representadas no encontro: Fibria, com Amarildo Nunes, Narciso Loss e Guilherme Cristo; GPS – Faroldo; e Tecnoplanta – Marcos Abel, Hausney e Manoel Júlio.

Cópias de atas e de documentos relativos ao encontro foram elaborados e encaminhados aos representantes das empresas e do poder público, para futuros procedimentos.


Comentários

  1. Engenharia no Brasil

    Em vídeo divulgado no Youtube dois professores da UNICAMP afirmam que a maior parte dos engenheiros formados no Brasil não tem competência para exercer atividades de nível superior. Disseram também que apenas vinte e sete por cento do povo brasileiro é plenamente alfabetizado. Como se não bastasse, trinta por cento dos que ostentam diploma de nível superior são analfabetos funcionais.

    Um dos meus interlocutores habituais nessas questões é um velho amigo de mais de quarenta anos de amizade, o engenheiro Francisco Schwab, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para que você tenham uma ideia do quão longa é a amizade, eu fui duas vezes campeão do Torneio Popular de Xadrez do antigo Estado da Guanabara (hoje cidade do Rio de Janeiro), em 1970 e 1971 e, neste último ano, o Schwab ficou empatado comigo no primeiro lugar. Infelizmente ele não pode jogar o torneio de desempate e eu fiquei com o título.

    O Schwab tem longa experiência, tanto na área de produção quanto na do ensino da engenharia, razão pela qual divulgo os comentários feitos por ele, sobre as declarações dos professores da UNICAMP. Com a palavra o Schwab:

    Assisti ao vídeo da UNIVESP apenas para confirmar o que nós, que acompanhamos e analisamos esta lamentável conjuntura, já sabíamos.

    No meu caso então, após recentemente ter parado, depois de mais de 10 anos lecionando em duas escolas de engenharia de um bom nível: Dom Bosco e UERJ e também com experiência em vários setores da indústria desde 1969 até hoje.

    O desenvolvimento do ensino superior privado foi um verdadeiro balcão de negócios. Isto começou faz tempo, por volta dos anos 70, com estímulo do governo militar. E quase todos os credenciamentos eram concedidos a políticos ou através deles (o mesmo que acontecia com emissoras de rádio, televisão e postos de combustíveis). Aqui na região sul-fluminense podemos ver isso claramente, porque os donos (sejam assumidos ou enrustidos) são publicamente conhecidos, bem como suas histórias. Há que se reconhecer que existem exceções, pois algumas instituições privadas são realmente sérias e competentes, comparáveis com as boas universidades públicas. Felizmente!



    Agora nos anos Lula e Dilma isso se acentuou através dos financiamentos dados pelo MEC. A farra se consolidou e o que menos interessa é a qualidade do ensino ou a seleção dos candidatos verdadeiramente capacitados ao ensino superior. Aproveitaram para angariar votos, oferecendo escola e bolsa para qualquer um, ao mesmo tempo em que faziam proselitismo ideológico com a "universidade para todos".

    A isto se somou o ensino fundamental catastrófico, a preguiça intelectual e a ilusão tupiniquim de que um diploma é tudo o que importa para se encaminhar na vida.

    Uma peneira simples é estabelecer um limite mínimo de pontos no ENEM para habilitar um candidato e não simplesmente ir aceitando até preencher as vagas. Também implantar exames de competência pós-formatura através das entidades profissionais, como já faz a OAB, embora por motivos mais corporativistas do que outra coisa. Creio que o CRM de São Paulo já está fazendo, porém sem autoridade para barrar nenhum diplomado.

    Nos Estados Unidos um engenheiro tem que fazer exame no CREA de lá e se não passar não pode exercer a profissão. Quanto o sujeito muda de estado, tem que fazer exame no novo estado, e conheci diversos profissionais lá que exibem orgulhosos seus credenciamentos em diversos estados onde já trabalharam, o que é um atestado de competência muito respeitado.

    Há outras providências simples que acabam contribuindo para firmar reputação de profissionais e respectivas instituições que os formaram. Por exemplo: acho que todo médico, dentista e similares deveria ser obrigado a exibir seu diploma na parede do consultório, bem como sua filiação à entidade de classe.

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  2. A fiscalização periódica do MEC em cada instituição superior tenta controlar a qualidade. É bastante ampla e detalhada, porém muito burocrática e de papelório, vulnerável a bajulação, influências políticas e corrupção mesmo. No final, eles só punem a instituição quando a coisa está totalmente caótica e só fecham em casos extremos. Mas aí o conto do vigário de ensino superior já terá sido aplicado a milhares de estudantes incautos.

    Quanto a alternativa do Ensino Técnico:

    Não concordo com o que sugerem no vídeo, para que os menos qualificados sejam redirecionados da Engenharia para o nível de Tecnólogo ou Técnico, porque estes cursos e respectivas atuações profissionais exigem muita competência também.

    Este direcionamento deve ser dado mais em função da personalidade e aptidões pessoais. Não significa que alguém deva ser técnico apenas por ter formação e educação inferior, mas sim em função das aspirações pessoais de cada um e do tipo de trabalho que prefere, pois o Técnico é mais "mão na massa" e trabalho de campo, apenas isso.

    Qualidade no ensino de Engenharia:

    Discordo da maneira como está estruturado, bem como objetivos e programas. Como de praxe no ensino brasileiro, os programas são por demais extensos e vastos. Querem formar um profissional "multipolivalente", mas com grande superficialidade.

    Já fiz diversas sugestões, especialmente nas disciplinas fundamentais como Física em geral, Resistência dos Materiais e outras, mas sou apenas uma voz bradando contra o “status quo”.

    É claro que tem sucesso um aluno com boa base e cultura, que acompanhe seriamente o curso e estude buscando aprender e complementar, sem depender muito da Faculdade em que esteja.

    Melhor ser um bom técnico que um engenheiro incompetente, mas o problema não se resume a isso. O grande problema é que as áreas de Exatas não admitem enrolação e nem enganação.

    Nosso péssimo ensino fundamental está alijando os estudantes da competência mínima necessária para as carreiras técnicas. E este é um problema muitíssimo sério para qualquer país que queira se tornar desenvolvido hoje em dia.

    Segue o link do Youtube para a palestra dos professores da UNICAMP, Renato Pedrosa e Sérgio Queiróz.

    Ensino Superior: Formação de engenheiros no Brasil.

    Ensino de engenharia – Renato Pedrosa


    https://www.youtube.com/watch?v=kAVjhzGk-V4


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